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Capacitismo persiste mesmo com avanços legais
Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê punição
Radioagência Nacional - Por Carolina Pessoa
Publicado em 26/09/2025 14:07
Geral
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Capacitismo. Uma palavra que tem se tornado cada vez mais comum, especialmente com o crescimento do ativismo das pessoas com deficiência e de políticas de inclusão.

O termo define o preconceito contra as pessoas com deficiência; que se revela, por exemplo, com o uso de expressões discriminatórias ou menos oportunidades para o exercício da vida plena.

Em uma sociedade capacitista existe a ideia de que corpos sem deficiência valem mais que os outros e que a pessoa com deficiência não é capacitada para a realização de atividades diversas.

Além das pessoas, ambientes também podem ser capacitistas. A ausência de rampas e a falta de acessibilidade no transporte, por exemplo, são as chamadas barreiras espaciais.

A luta contra essas práticas tem sido um lema de vida para muita gente, e cresce com as redes sociais.

O influencer João Vitor de Paiva, de 24 anos, é uma dessas pessoas. Ele fez história ao se tornar a primeira pessoa com síndrome de Down a se formar em Educação Física pela PUC Goiás. E mostra em seu perfil do Instagram que a síndrome não é uma limitação.

Mas João Vitor conta que, mesmo com as vitórias alcançadas, ainda sofre com o capacitismo.

“Até hoje tem muita gente que não acredita que eu sou capaz. Mas eu nunca desisti, eu não aceito um não, porque eu vou em frente com os meus objetivos”.

O advogado tetraplégico Thiago Helton, assim como João, também passou por muitas situações de preconceito; e hoje trabalha para garantir o direito das pessoas com deficiência. Ele explica que o primeiro passo para combater o capacitismo é mudar a forma de pensar.

“Ele está muitas das vezes ali nos pensamentos. Ele está nas pequenas falas. Ele está dentro da própria família. Então, a gente tem que entender puxa, quais são essas condutas capacitistas que têm que ser combatidas no nosso dia-a-dia. Acho que é o primeiro passo né. Cada um começar a combater dentro de casa”.

João Vitor também deixa um conselho para outras pessoas com deficiência.

“Nunca desistam dos seus sonhos. Seguem seus sonhos, acredite em tudo, que você vai ser o que você quiser”.

A Lei Brasileira de Inclusão, que completou 10 anos em julho, é considerada um marco na garantia de direitos e na promoção da inclusão social. Também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, a LBI determina que praticar induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência gera como pena reclusão, de um a três anos, e multa.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
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